Time to Market: como usar o tempo a favor da sua empresa

7 de dezembro de 2017 por na categoria Gestão com 0 e 0
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O que é Time to Market

O Time to Market, também conhecido por sua sigla TTM, foi desenvolvido em Londres, como uma técnica para definir os conceitos e medições de tempo desde o início do desenvolvimento de um produto até ele estar pronto para a venda. O objetivo do TTM é criar parâmetros que garantam a entrega dos produtos no mercado no tempo certo.

 

Como medir o Time to Market

Não existem padrões para se medir o TTM, e os valores de medição variam muito, de acordo com a indústria, seus objetivos e planejamento. Primeiro, há uma enorme variação no jeito como diferentes empresas estabelecem o início desse período. Vamos tomar como exemplo a indústria automobilística, onde o período de desenvolvimento se inicia quando um carro-conceito é aprovado. Já outras empresas sentem que pouco vai acontecer até que o projeto seja composto, o que pode levar muito tempo depois da aprovação se os desenvolvedores estiverem envolvidos em outros projetos em andamento. Por isso, para essas empresas o ponto inicial se dá só quando o projeto está totalmente pronto. O início de um projeto, antes de ter sido dada a aprovação ou todos os envolvidos serem definidos, é chamado de investimento inicial confuso, sendo que esta fase costuma consumir uma grande quantidade de tempo. Apesar desse investimento inicial confuso apresentar dificuldades em sua medição, ele tem que ser incluído nas medidas de TTM para que a gestão do tempo seja eficaz.

Na sequência, as definições do final do período de TTM também variam. Aqueles que consideram o desenvolvimento de produtos como sendo engenharia afirmam que o projeto está concluído quando o departamento de engenharia o transfere para a fabricação. Outros definem que a conclusão acontece quando enviam o primeiro exemplar do novo produto ou quando o primeiro cliente o compra. Indústrias com alto volume de produção muitas vezes vão definir o ponto final em termos de atingir um determinado volume de produção, tais como um milhão de unidades por mês.

Finalmente, as medições de TTM variam muito dependendo da complexidade: a complexidade do próprio produto, as tecnologias que ele incorpora, seus processos de fabricação, ou a complexidade organizacional do projeto (por exemplo, componentes terceirizados). Lançamentos de novos produtos são muito mais lentos do que os derivados de produtos existentes. Algumas empresas têm sido bem sucedidas ao colocar os seus produtos em categorias de novidade, mas estabelecer níveis de complexidade ainda é uma grande dificuldade.

Embora o TTM possa variar amplamente, o que importa é a capacidade de uma empresa em manter seu TTM em relação a seus concorrentes diretos. A organização de procedimentos em outras indústrias pode ser muito mais rápida, mas não representa uma ameaça competitiva, embora algumas possam ser capazes de aprender com elas e adaptarem suas técnicas.

 

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TTM e qualidade

Uma suposição tácita de muitas pessoas é que o TTM e a qualidade do produto são atributos contrários em um processo de desenvolvimento. O TTM pode ser melhorado (encurtado), saltando etapas do processo de desenvolvimento, o que pode levar a um comprometimento na qualidade do produto. Para aqueles que usam processos de desenvolvimento altamente estruturados, o desenvolvimento de produtos é muitas vezes visto como uma clara sequência definida de passos a serem seguidos. Saltar um passo devido à pressão do tempo, por exemplo, pode não somente diminuir a qualidade, mas também alongar o TTM se a empresa tiver que completar ou repetir a etapa posteriormente. Seguindo essa visão, o TTM é normalmente melhorado seguindo todos os passos prescritos.

Outras empresas operam de forma mais agressiva, reconhecendo que nem todos os passos precisam ser concluídos para cada projeto. Além disso, eles aplicam ativamente ferramentas e técnicas que irão encurtar ou sobrepor os passos, cortar o tempo para tomadas de decisão, e automatizar atividades.

 

Tipos de TTM

Empresas buscam melhorias no TTM por uma variedade de razões. Algumas variações do TTM são:

 

  • Velocidade pura, isto é, colocar o produto no mercado o mais rapidamente possível. Isso é importante em indústrias em movimento rápido, mas nem sempre é o melhor objetivo.

 

  • Agendamentos mais previsíveis. Em vez de chegar ao mercado o mais rapidamente possível, entregar no prazo, para ter o novo produto disponível para uma feira, por exemplo, pode ser mais importante. Além de processos bem estruturados, o gerenciamento de riscos do projeto é uma ferramenta muito eficaz.

 

  • Minimizar recursos, especialmente de trabalho. Muitos gerentes imaginam que quanto mais curto o tempo do projeto, menos ele vai custar, então eles tentam usar o TTM como um meio de cortar despesas. Ironicamente, o principal meio de redução do TTM é prover o projeto de pessoal do projeto mais fortemente, então um projeto mais rápido pode realmente ser mais caro.

 

  • Flexibilidade para fazer mudanças. A inovação de produtos está intimamente ligada à mudança, e muitas vezes a necessidade de mudança aparece no meio de um projeto. Por conseguinte, a capacidade de fazer alterações durante o desenvolvimento sem que elas atrapalhem pode ser valiosa. Por exemplo, o objetivo de uma empresa poderia ser de satisfazer os clientes, o que poderia ser conseguido ajustando os requisitos do produto durante o desenvolvimento em resposta ao feedback dos clientes. Então o TTM poderá ser medido a partir da última alteração nos requisitos até que o produto seja entregue.

 

Estes tipos de TTM ilustram que as metas de TTM de uma organização devem estar alinhadas com a sua estratégia de negócio em vez de perseguir cegamente a velocidade.

 

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